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Políticas para doenças raras em pacientes adultos ganham destaque no Senado (25)

Políticas para doenças raras em pacientes adultos: um tema urgente e invisibilizado

O Senado Federal abriu espaço para um debate essencial: as políticas para doenças raras em pacientes adultos. A audiência pública, realizada em 11 de agosto de 2025, foi marcada pela ausência do Ministério da Saúde, considerada desrespeitosa pelos parlamentares e pacientes presentes.

A senadora Damares Alves destacou que, após mais de trinta anos de lutas, o tema ainda é tratado com descaso. Mitos sobre a inviabilidade econômica e falta de orçamento seguem atrasando a vida de milhares de brasileiros. A senadora prometeu solicitar uma audiência formal com o ministro Alexandre Padilha para cobrar ações imediatas.

Sem orçamento, não há avanço em pesquisa, tratamento ou equipamentos.


Políticas para doenças raras em pacientes adultos: desafios na saúde e no tratamento

O encontro reuniu médicos, psicólogos e representantes de associações, que reforçaram os obstáculos enfrentados por pacientes na Políticas para doenças: burocracia, falta de diagnósticos rápidos e ausência de tratamentos modernos já disponíveis no exterior.

Principais pontos levantados:

  • Esclerose múltipla e neuromielite óptica: segundo a Dra. Fernanda Ferraz, protocolos clínicos no Brasil estão desatualizados. Pacientes não têm acesso aos tratamentos mais eficazes que já evitam sequelas em outros países. Ela defendeu centros especializados e exames rápidos.
  • Síndrome da fadiga crônica: a Dra. Eloara Campos destacou o agravamento dessa condição após a pandemia. A falta de biomarcadores gera diagnósticos errados, muitas vezes confundidos com transtornos psicológicos. Para ela, é urgente adotar protocolos nacionais, formação de profissionais e mais investimentos em pesquisa.
  • Miastenia gravis e ELA: o neurologista Hamilton Cirne apontou a necessidade de equipes multidisciplinares e integração com cuidados paliativos, além de agilidade para liberar novos medicamentos.

Políticas para doenças raras em pacientes adultos: a voz dos pacientes e famílias

Durante a audiência, o protagonismo dos pacientes também foi lembrado.

  • Elisabeth Ribeiro, do Instituto Mara Gabrilli, relatou sua experiência com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Ela destacou a perda progressiva de autonomia e o impacto emocional na família, pedindo maior apoio social e humanização no atendimento.
  • Ana Paula Morais, presidente de associação de pacientes com esclerose múltipla e doenças raras, reforçou: “Nada para nós sem nós.” Ela defende medicamentos contínuos, atendimento humanizado e participação ativa dos pacientes na formulação de políticas.
  • A psicóloga Marcela Borges Mustefaga lembrou que pacientes com doenças raras apresentam índices mais altos de depressão e ansiedade, ressaltando a necessidade de incluir saúde mental como parte essencial do tratamento.

Encaminhamentos do Senado

Ao final da audiência, a senadora Damares Alves anunciou o envio de ofícios ao Ministério da Saúde, à Conitec, à Secretaria Nacional de Saúde Indígena e a outros ministérios ligados à assistência social e direitos humanos. O objetivo é levantar dados concretos e acelerar a criação de políticas públicas estruturadas.

Sem investimento e compromisso governamental, pacientes continuarão invisíveis dentro do sistema de saúde.


Resumo em tabela — Políticas para doenças raras em pacientes adultos

TemaPropostas e Demandas
Protocolos clínicosAtualizar PCDT e incluir terapias modernas
Estrutura hospitalarCriar centros especializados e equipes multidisciplinares
Diagnóstico e pesquisaInvestir em biomarcadores e capacitação médica
Saúde mentalIntegrar apoio psicológico e cuidados paliativos
Protagonismo dos pacientesGarantir participação em decisões públicas
Ação governamentalOfícios e articulação com ministérios e órgãos


Conclusão

O debate no Senado deixou claro que o Brasil ainda caminha lentamente para garantir políticas para doenças raras em pacientes adultos. Atualização de protocolos, investimentos em pesquisas e inclusão dos pacientes no processo de decisão são passos fundamentais para transformar vidas.

Enquanto isso, milhares de brasileiros seguem aguardando reconhecimento, tratamento e dignidade. O momento é de ação política, compromisso orçamentário e valorização da ciência.

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