Review: “Duna: Parte Dois” é uma obra-prima sci-fi ainda mais intensa

Review: “Duna: Parte Dois” é uma obra-prima sci-fi ainda mais intensa
Publicado em: 07 de abril de 2025
Depois do sucesso de crítica e bilheteria da primeira parte, Duna: Parte Dois chega aos cinemas e entrega tudo o que os fãs esperavam – e um pouco mais. Dirigido por Denis Villeneuve, o longa mergulha ainda mais fundo na complexa mitologia do universo criado por Frank Herbert e aposta em atuações impactantes, visuais de tirar o fôlego e uma narrativa densa, mas bem ritmada.
Visual espetacular e direção impecável
Desde a primeira cena, o espectador é transportado de volta ao planeta Arrakis, com suas paisagens desérticas monumentais e atmosfera mística. Villeneuve usa cada centímetro da tela para compor um universo opressivo, hostil e belíssimo. A fotografia de Greig Fraser e a trilha sonora poderosa de Hans Zimmer se combinam para criar uma experiência cinematográfica que deve ser vivida em tela grande.
Os efeitos visuais são discretos, porém realistas. Os vermes gigantes, as batalhas e os cenários futuristas nunca soam exagerados, mantendo o pé na proposta artística do filme. A direção é paciente, mas precisa, equilibrando momentos contemplativos com cenas de ação de alta intensidade.
Elenco entrega atuações intensas
Timothée Chalamet retorna como Paul Atreides em uma atuação mais madura e complexa. Agora, ele assume o papel messiânico entre os Fremen e lida com o peso de uma profecia que pode mudar o destino do universo. Zendaya, que teve pouco destaque no primeiro filme, agora brilha como Chani, com uma performance cheia de nuances e intensidade emocional.
O elenco de apoio também impressiona. Javier Bardem, Florence Pugh, Austin Butler e Rebecca Ferguson contribuem para o drama com atuações que fortalecem ainda mais a trama. Cada personagem tem seu momento de protagonismo e complexidade bem explorados.
Narrativa profunda e reflexiva
Diferente dos blockbusters convencionais, Duna: Parte Dois aposta em um roteiro político, filosófico e espiritual. O filme questiona temas como fanatismo, poder, imperialismo e destino, exigindo atenção total do público. Ainda assim, a história é contada com fluidez e evita se tornar arrastada.
Os diálogos são densos, mas recompensadores. A jornada de Paul como símbolo de libertação (ou dominação) é ambígua, dando margem para múltiplas interpretações. Isso torna o filme ideal tanto para fãs de sci-fi quanto para quem busca cinema com profundidade.
Veredito final
Duna: Parte Dois é, sem dúvidas, uma das melhores produções do gênero nos últimos anos. A fusão entre arte e entretenimento é rara de se ver em superproduções, mas Villeneuve consegue esse equilíbrio com maestria. Visualmente impactante, narrativamente envolvente e com um elenco afiado, o filme eleva ainda mais o status da franquia como um novo clássico da ficção científica.